sábado, 27 de agosto de 2011

Astrônomos descobrem planeta 'feito de diamante'

 

Novo planeta consiste praticamente só de carbono e é muito denso, por esse motivo cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino

Fonte: O Estadão/Ciência via twitter
26 de agosto de 2011 | 8h 37

LONDRES - Astrônomos localizaram um exótico planeta que parece ser quase todo feito de diamante, girando em torno de uma pequena estrela nos confins da nossa galáxia.
O novo planeta é bem mais denso do que qualquer outro já visto, e consiste praticamente só de carbono. Por ser tão denso, os cientistas calculam que o carbono deve ser cristalino, ou seja, uma grande parte dele é mesmo de diamante.
"A história evolutiva e a incrível densidade desse planeta sugerem que ele é composto de carbono, ou seja, um enorme diamante orbitando uma estrela de nêutrons a cada duas horas, numa órbita tão compacta que caberia dentro do nosso Sol", disse Matthew Bailes, da Universidade de Tecnologia Swinburne, em Melbourne.
A 4.000 anos-luz da Terra, ou cerca de um oitavo da distância entre o nosso planeta e o centro da Via Láctea, o planeta é provavelmente remanescente de uma estrela que já foi gigantesca, mas que perdeu suas camadas externas para a estrela que orbita.
Os pulsares são estrelas de nêutrons, pequenas e mortas, com apenas cerca de 20 quilômetros de diâmetro, girando centenas de vezes por segundo e emitindo feixes de radiação.
No caso do pulsar J1719-1438, seus feixes varrem a Terra regularmente e já foram monitorados por telescópios da Austrália, Reino Unido e Havaí, o que permite aos astrônomos detectar modulações devido à atração gravitacional do seu companheiro planetário, que não é visto diretamente.
As medições sugerem que o planeta, com um "ano" de 130 minutos, tem uma massa ligeiramente superior à de Júpiter, mas é 20 vezes mais denso, segundo relato de Bailes e seus colegas na edição de quinta-feira da revista Science.
Além do carbono, o novo planeta também deve conter oxigênio, que pode ser mais abundante na superfície, tornando-se mais raro na direção do centro, onde há mais carbono.
Sua grande densidade sugere que os elementos mais leves - hidrogênio e hélio - que compõem a maior parte de gigantes gasosos, como Júpiter, não estão presentes.
O aspecto desse bizarro mundo de diamante, no entanto, é um mistério.
"Em termos do seu aspecto, não sei nem se eu posso especular", disse Ben Stappers, da Universidade de Manchester. "Não imagino que uma imagem de um objeto muito brilhante seja o que estejamos vendo aqui."

http://www.estadao.com.br/noticias/vidae,astronomos-descobrem-planeta-feito-de-diamante,763981,0.htm

Jarbas Agnelli: "Birds on the wires" Pássaros no fio

 


Aproveito aqui para destacar uma "boa ideia", afinal uma boa ideia é tudo. Ismênia Nunes




Foto de pássaros no fio publicada no "Estado" vira música

Publicitário e músico, Jarbas Agnelli visualizou partitura na imagem captada pelo fotógrafo Paulo Pinto


Fonte Estadão de São Paulo
Publicado em: 02 de setembro de 2009 | 0h 43
Por: Valéria França

Tudo começou com a foto de pássaros pousados nos fios de luz de uma rua feita pelo repórter fotográfico do Estado Paulo Pinto, de 49 anos, no interior do Rio Grande do Sul. Uma cena normal, dependendo do olhar. Para o paulistano Jarbas Agnelli, de 46 anos, a imagem "soou" como música. Notas numa partitura foram o que lhe pareceram as aves nos fios de alta tensão. Publicitário e músico, Agnelli recortou a foto publicada no Estado na quinta-feira passada e, naquela noite, no estúdio de sua casa, começou a compor com base nas notas que enxergou na imagem.

"Pássaros empilhados viraram acordes e os solitários, notas no teclado", diz Agnelli. "Depois coloquei o xilofone e, na sequência, clarinete, fagote e oboé." João, de 17 anos, o filho do meio de Agnelli, não botou fé no movimento do pai, apesar de estar acostumado a vê-lo criar em cima de filmes e fotos caseiras. Foi o que Jarbas fez, por exemplo, com as fotos da pequena Nina, sua caçula de 4 meses, no vídeo The Mini Adventures of Nina, que mostra de forma engraçada a rotina de um bebê.
Jarbas é conhecido publicitário, com campanhas premiadas. Já levou o Grand Clio, um dos principais prêmios da publicidade mundial, em 2001, entregue em Miami. Na época, ele trabalhava ainda na W/Brasil, agência em que ficou por 13 anos. Hoje, tem seu próprio negócio, o AD Studio. "A inspiração pode vir de qualquer lugar, mas é preciso estar atento", diz ele.
Assim que a música dos pássaros ficou pronta, Agnelli ligou para Paulo Pinto. "Não acreditei que ele tivesse entendido o que eu vi na hora que fiz a foto. Para mim, os pássaros também pareciam notas", admirou-se Paulo, que mandou por e-mail a foto original, sem cortes. "Quando recebi, vi que a versão editada no jornal tinha eliminado oito pássaros, ou seja, quatro notas no início e quatro no final da música", diz o publicitário. "Fiquei surpreso porque era exatamente o que faltava para finalizar a melodia."
                                                                 
                               
             Assista depoimento de Jarbas juntamente com a melodia.


Linck