sábado, 16 de abril de 2011

Homofobia?

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Homofobia?




 
Homofobia?




Outro dia ao passar pela rua uma pessoa me parou. A priore me assustei um pouco, não sabia do que se tratava. Logo observei que era alguém desprovido de família, ou melhor, de amor, de compreensão de uma família. E pior, mais uma vítima do preconceito, da ignorância, do descaso.
            Tão logo começou a falar observei que aquele jovem era mais uma vítima do preconceito sexual. Dissera-me: - Desculpe te incomodar, é que eu venho do interior do Paraná, fui posto para rua de casa por meu padrastro por ser  homossexual. Procurei por um albergue só que o único albergue da cidade está fechado. Já estou desde ontem sem comer. Agora pela manhã comi algumas uvas que uma senhora me deu e uma bolacha que também me deram.
             Parecia uma pessoa muito sóbria, mas sofrida pelo preconceito social e familiar. Eu estava vindo de um trabalho de faculdade e por isso havia posto um bleiser preto, o que com certeza fez o moço imaginar que tinha uma boa colocação no mercado de trabalho. Falei de minha condição de estudante. Sabia que não tinha muita coisa na carteira, mas abri e encontrei algumas moedas. Não sou a favor de esmolas, penso que ela não ajuda muito e que o melhor é o trabalho e o estudo, mas vi que não se tratava de um desocupado ou de um viciado e sim de alguém que estava passando por uma grande prova, não tinha o apoio da família, estava sozinho e com fome.
            Infelizmente minha condição de estudante não me permitia fazer muito por aquela pessoa. Recomendei que procurasse a Assembléia Legislativa, ali perto. Que ali tentasse falar com um Deputado e conseguisse auxílio.
            O rapaz se retirou e foi em direção à Assembléia e eu fiquei ali matutando...
            Até que ponto meu Deus somos humanos? Até que ponto o preconceito faz com que nós façamos de nossos irmãos, de nossos filhos pessoas sem direito de ter uma vida em família, de ter o direito do pão de cada dia, do convívio familiar? Tudo por preconceito, por que nós não aceitamos sua opção sexual. Como um pai põe um filho na rua sem casa, sem comida, sem cama, sem pão, sem chão? Como? Tudo por preconceito, quando as pessoas irão aprender a serem mais humanas? A entender que o outro tem o livre arbítrio e o direito de ter suas próprias escolhas, aliás, nem sempre é uma escolha dizem que é algo que já nasceu com eles, alguns tentam lutar contra essa tendência, mas lhes é intrínseco, é algo impossível dizem. Não é nem o fato de concordar, de aceitar ou não a escolha do outro, mas uma questão de respeito, de humanidade. Tentar compreender, usar de empatia já é um caminho. Ver que todo ser humano tem o direito as suas escolhas, direito de tentar ser feliz. Feliz a sua maneira. Eu concorde ou não as escolhas são dele, ou dela, não minhas.
            Senti que podia confiar naquele rapaz, e por isso falei que era estudante de jornalismo. Lembro-me que ao sair em direção a Assembléia o jovem me falou: - Também queria fazer jornalismo... E mais uma vez senti a dor da incompreensão por que passava aquele jovem, e que o mundo não pudera naquele momento auxiliar e mudar sua situação tão infeliz.
            Quantos têm as oportunidades e não reconhecem, não aproveitam e muitas vezes ainda reclamam da vida. Quantos têm casa, comida na mesa, família, podem estudar, até fazer uma faculdade e não dão valor...
            E tantos outros querem um prato de comida, uma família, estudar e não podem. Oportunidade de cursar uma faculdade, mas não lhe é concedido. Se Karl Marx vivesse neste tempo, se ele estivesse aqui com certeza faria o que faço agora, pegaria caneta e papel e escreveria...
            “Eu também queria fazer jornalismo...”.







"Dias depois liguei para a prefeitura de Florianópolis para checar a informação referente não existir um Albergue na cidade. E depois de informar que o Albergue não pertencer à prefeitura e sim ser de âmbito particular. O mesmo encontra-se em reformas e a previsão para reabertura é maio de 2011, dependendo da velocidade da obra."Existe um projeto da Prefeitura a Creaspop - Centro de Referência Especializado de Assistência Social à População de Rua. Localizada na Rua Paulo Fontes, Passarela Nego Querido, Antiga Casa da Liberdade. Que dá um atendimento psicológico e encaminha para os orgãos especializados. No caso de usuários de drogas para atendimento e tratamento. Porém com relação ao caso, após contato telefônico buscando informações fomos informados que o Rapaz chama-se Luiz, que está sem documentação e sem dinheiro. Ele quer ir para Curitiba e é claro trabalhar e estudar. Mas sem documentos é algo realmente dificil. No local este comeu e tomou banho e será encaminhado ao NAF RODOVIÁRIO - Núcleo de Apoio a Família, um orgão da prefeitura, localizada atrás da Rodoviária da cidade para ser atendido. O orgão faz o B.O e costuma fornecer passagens para seu deslocamento.





Encontrei um texto que fala da homofobia




O que é homofobia 

Homofobia caracteriza o medo e o resultante desprezo pelos homossexuais que alguns indivíduos sentem. Para muitas pessoas é fruto do medo de elas próprias serem homossexuais ou de que os outros pensem que o são. O termo é usado para descrever uma repulsa face às relações afetivas e sexuais entre pessoas do mesmo sexo, um ódio generalizado aos homossexuais e todos os aspectos do preconceito heterossexista e da discriminação anti-homossexual.

O que é o heterossexismo?
O termo "heterossexismo" não é familiar para muitos porque é relativamente recente. Só há relativamente pouco tempo é que tem sido utilizado, juntamente com "sexismo" e "racismo", para nomear uma opressão paralela, que suprime os direitos das lésbicas, gays e bissexuais. Heterossexismo descreve uma atitude mental que primeiro categoriza para depois injustamente etiquetar como inferior todo um conjunto de cidadãos.
Numa sociedade heterossexista, a heterossexualidade é tida como normal e todas as pessoas são consideradas heterossexuais, salvo prova em contrário. A heterossexualidade é tida como "natural", quer em termos de estar próxima do comportamento animal, quer em termos de ser algo inato, instintivo e que não necessita de ser ensinado ou aprendido.
Quando seres humanos dizem que algo é "natural", em oposição a um comportamento "adquirido" através de um processo de aprendizagem, geralmente querem dizer que não é possível desafiá-lo nem mudá-lo e que seria até mesmo perigoso tentar fazê-lo. No passado, dominava a ideia de que os homens eram "naturalmente" melhores nas ciências e no desporto e líderes natos, mas as mulheres tiveram a oportunidade de desafiar estas ideias e de mostrar o homem e a mulher numa perspectiva completamente diferente. Este desafio foi facilmente perpetuado assim que se começou a evidenciar que os homens são empurrados para posições de vantagem por uma sociedade que está estruturada para os beneficiar, um processo (a opressão das mulheres) mais tarde denominado de sexismo. Do mesmo modo, tem-se tornado evidente que a heterossexualidade, tal como a dita superioridade masculina, é tão natural, como adquirida. O fato de a maioria dos homens e mulheres a escolherem como a sua forma preferida de sexualidade tem por vezes mais a ver com persuasão, coerção e a ameaça de ostracização do que com a sua superioridade como forma de sexualidade.
O heterossexismo está institucionalizado nas nossas leis, orgãos de comunicação social, religiões e línguas. Tentativas de impor a heterossexualidade como superior ou como única  forma de sexualidade é uma violação dos direitos humanos, tal como o racismo e o sexismo, e devem ser desafiadas com igual determinação.